SÃO PAULO, 21 Nov (Reuters) - O relacionamento da mineradora Vale com a China, seu mais importante mercado, não avançou tanto quanto a empresa esperava, disse nesta quarta-feira o diretor financeiro da companhia, Luciano Siani, durante evento em São Paulo.
Apesar dos "compreensíveis" temores estratégicos da China sobre sua dependência por matérias-primas de fornecedores estrangeiros, como a Vale, a maior produtora mundial de minério de ferro é mais dependente da China que o país é da empresa, disse Siani durante um painel de discussões em uma conferência comercial entre Brasil e China.
Cerca de 20 por cento do minério de ferro comprado pela China tem a Vale como fornecedora, o que dá à mineradora brasileira grande poder nas negociações de preços, e preocupa os chineses, segundo Siani.
A Vale, no entanto, provavelmente tem mais razão de temer uma dependência, uma vez que vende de 40 a 45 por cento de suas exportações para a China, ele acrescentou.
A Vale é a maior produtora mundial de minério de ferro, o principal ingrediente para a produção do aço, e a segunda maior empresa de mineração no mundo. A China é o maior produtor mundial de aço.
A desaceleração global provavelmente refletirá no plano de investimentos da Vale de 2013, que será anunciado em 3 de dezembro.
Segundo Siani, o plano será menor que o do ano passado, mas ainda assim será o maior investimento em mineração no mundo e o maior investimento privado no Brasil.
O orçamento da Vale de 2012 prevê investimentos de 21,4 bilhões de dólares e poderá terminar o ano menor do que o planejado. Os investimentos provavelmente atingiram o maior patamar em 2011 com um plano de 24 bilhões de dólares.
Siani disse que a Vale está empenhada em estabelecer uma relação de longo prazo com a China, embora os esforços para aliviar as preocupações chinesas sobre dependência ao comprar bens e serviços chineses tiveram apenas resultados mistos.
Joyal opera-se nas fronteiras da maquinaria de mineração. Nós usamos recursos classes mundial, tecnologia.